uma carta para o meu primeiro amor


Nunca fui rapariga de sonhar em casar ou pensar muito nisso, acho que despertaste isso em mim. Será que isso é sequer possível?
Mostraste-me partes de mim que nem conhecia, ensinaste-me a ver as coisas com outros olhos, mostraste-me outro mundo, abriste-me sem sequer me conheceres e sem eu te conhecer. Se calhar foi esse o nosso problema, nós não nos conhecíamos, mas no fim acredito que conhecíamos. Acredito que poderia ter durado e que poderíamos estar juntos.
Não te vou dizer que tenho saudades tuas, quando na verdade não tenho. Estes últimos tempos não tenho sentido saudades de nada nem ninguém, nem mesmo dos meus pequeninos irmãos que tu sabes que eu amo demais e tenho uma paixão imensa por eles, nem da minha avó, que tu no caso nem sabes provavelmente que ela já não está mais entre nós. Não sinto saudades dos nossos momentos, por algum tempo quase os esqueci, não te vou mentir. Mas aos poucos fui tirando-os do coração para não estar constantemente a sofrer por ti, por nós.
Queria, sabes, queria que tivesse dado, que tivéssemos conseguido. Acho que teria sido maravilhoso e fantástico. Pedi a Deus que colocasse a Sua mão sobre nós e nos levasse no melhor caminho, tenho a certeza que Ele fez o melhor que poderia. Poderia ter corrido bem melhor, não achas? Talvez conseguíssemos estar no mesmo sitio sem nos sentirmos constrangidos.
Perdi-me quando me deixaste, quando me disseste que não, perdi-me quando te disse algo que nos aconteceu e tu não te lembravas. Quiseste mesmo esquecer tudo? Quiseste mesmo esquecer-me?
Será que um dia poderemos voltar a ser amigos? Talvez ter uma boa amizade e confiar um no outro? Eu estou pronta e aberta para isso! Tu estás?
Sei que muita gente provavelmente acha que o tempo que tivemos juntos não é suficiente para ainda me lembrar de ti, escrever-te e não querer esquecer-te. Mas só nós sabemos dos sentimentos.
Só queria que não me tivesses dito que não. Mas se calhar foi melhor assim…

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